quinta-feira, 27 de março de 2008

Mundo cruel



Acho que ja decidi.... PS3 :-)

Oque um fluxograma não faz por nossas vidas ?

quarta-feira, 19 de março de 2008

Despedida em Las Vegas, EUA, 1995



Há algum tempo não falo nada sobre filmes, por um motivo muito simples. Há muito tempo eu não vejo filmes !

Então hoje me senti com vontade de colocar para rodar enquanto navegava um filme que é dos meus prediletos.

O filme retrata dois personagens que se apaixonam em meio a suas decadências existenciais. Ele (Nicolas Cage) um roteirista fracassado e alcoólatra, ela (Elizabeth Shue) uma prostituta mal tratada e presa a um cafetão.

Uma história de amor real, verdadeiro, sem julgamento, sem estética, sem pudor... só o sentimento puro, natural e instintivo.

Dois personagens muito originais, duas atuações ótimas, um roteiro bem feito. Não poderiam ter encontrado melhor lugar para esse romance do que Las Vegas, a cidade do pecado.

Outro ponto forte do filme é a trilha sonora, que se encaixa perfeitamente aos personagens e as cenas.

Esse filme é a prova de que Nicolas Cage é um ator subutilizado. Não se pode crer que ele é o mesmo em seus filmes mais modernos !

Não lembro de ter assistido a mais nenhum filme do diretor Mike Figgis.

domingo, 16 de março de 2008

We are all connected !

Deixamos há muito de sermos seres individuais... somos parte de uma coisa maior, uma rede, uma matrix...

Através de um celular se pode saber onde estamos, através de nossos emails ou telefonemas alguém de outra parte do mundo pode saber com quem nos comunicamos, oque falamos, oque gostamos ou baixamos... qual sua renda, seu patrimônio, seus desejos, está tudo lá... na rede, seja no seu banco, orkut, email, telefone no cadastro do cartão de crédito.

Câmeras nos elevadores, shoppings, ruas, escolas, empresas. Ao entrar em um prédio somos obrigados a deixar nossas fotos, ao comprar um fogão damos nosso endereço, telefone e tudo isso vai para um banco de dados.

De agora em diante em São Paulo teremos nossos veículos literalmente rastreados através de um chip obrigatório instalado em nossos para-brisas.

Em Neuromancer de Wilian Gibson, essa matrix criou vida e passou a controlar nós humanos. Tudo que foi criado para facilitar nossa vida se virou contra nós e nos prendeu a sua própria vontade.

Em 1984, George Orwell descreveu exatamente oque vivemos hoje (em 1955 !). A diferença entre a nossa sociedade e aquela onde vivia o bom Winston (personagem principal do livro) é "somente" o regime de governo.

Pois é... acho que não nos damos conta do risco que é essa vida em conexão direta. Entregamos todo o conteúdo de nossas vidas a uma rede de dados, confiando em nossa dita democracia.

Na verdade estamos criando um autoritarismo mais feroz do que o de qualquer governo que já conhecemos. Essa ditadura "oculta" não depende de governante, nem de partido político... ela nos prende ao nosso próprio estilo de vida.

Ela não proibe a comunicação, nem a expressão, ao contrário estimula isso e faz com que você fique dependendo de tal forma que esqueça como era fazer amigos antes da internet, ou que nem mesmo ligue para seus pais já que pode ter notícia deles por email.

Eu não gosto nem de imaginar oque alguem mal intecionado possa fazer com toda essa conectividade !

quinta-feira, 13 de março de 2008

Poder

Falemos aqui sobre o livro "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel. Esse livro sim, deveria ser obrigatório a todos.

Sem distinção de classe social, nível hierarquico, instrução, função, religião, ideologia.

É um livro que fala do que mais discutimos e perseguimos sem darmos conta, o Poder.

O poder é uma coisa imoral... seja ele político, financeiro ou ideológico.

Em todos os lugares onde existe poder ou hierarquia a prática sempre se sobresai a ética. O objetivo maior de manter-se no poder faz com que qualquer ser humano desafie até seus próprios valores morais.

Assim funciona o mundo, assim funciona a política, assim funciona nossa vida. Seja em nosso lar, nosso emprego, nosso condomínio, nosso habitat.

Curioso mesmo é como isso é aceito de forma geral (me incluo nisso) com naturalidade, e ao mesmo tempo sem admitirmos que seja verdade. Juramos até a morte que isso não seja nosso objetivo, porém em nossos íntimos sabemos oque se passa. É como uma mentira coletiva, uma mega-hipocrisia social. Uma mentira que vivemos e contamos tantas vezes que passa a ser verdade.

Dizem que o ser humando é pobre de instintos e por isso foi dotado do raciocínio e da capacidade de transmitir conhecimento. Talvez essa coisa de buscar o poder seja um de nossos instintos mais básicos. Essa busca que tanto nos fascina de uma forma que não percebemos e muito menos admitimos é algo que tambem não podemos lutar contra pois é instintivo, maior que nossa vontade ou existência. Por isso, simplesmente fazemos e assim continuaremos por todo nosso ser!

O poder excita, motiva, energiza, satisfaz... enfim, somos seres absolutamente sujos e imorais por essência.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Interpol

Tive a oportunidade de ir ao show do Interpol no Brasil.

Não eles não são a melhor banda do mundo ! eles também não são o novo Joy Division nem o New Order ...

Como de se esperar eles são uma banda.... apenas uma banda. Muito boa banda por sinal mas longe de serem uma revolução no mundo do rock.

Se eles tivessem surgido nos anos 80, provavelmente passariam despercebidos em meio a cena. A verdade é que como diz aquele velho ditado, hoje em dia "quem tem um olho é Rei !". E por isso eles reinam absolutos no meio do Rock (dito) "Alternativo".

As músicas ao vivo são como no disco... nada há a mais, nem a menos... nenhum acorde solto, nenhuma nota na guitarra diferente. Uma mera cópia do que se tem no disco e diga-se de passagem muito bem interpretada pelos integrantes.

Pode-se ter outra impressão lendo esse Post mas ó fato é que eu gostei MUITO do show. Embora pouco carismáticos isso ja era esperado também (alguém ja viu um indie carismático ?)

É estranho para mim presenciar o show de uma banda no auge da sua forma e isso era oque se notava. Uma banda no auge ! Talvez esse tenha sido o fator que mais me deixou contente.

Afinal, sou incapaz de lembrar-me a última vez que vi uma banda no auge... isso deve ter sido la nos anos 90 e pouco...

Curioso ver todo aquele público. Muita gente !! Lógico que eu estava em uma faixa etária ja superior a maioria do público.... afinal público de banda no auge é sempre mais jovem.

Fiquei ali imaginando... eu comecei a gostar dessa banda somente por suas influências, que são de bandas que maior parte daquele público ali não conhece ou gosta. Bandas que tocaram em uma época que aquela banda não pensava em ser uma banda !

Bandas que fazem você gostar de outra banda só por serem parecidos. Esses sim eram os revolucionários... esses que deixam a marca do tempo... esses que mesmo velhos ainda parecem modernos.

O resto são apenas Bandas !